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Capítulo 5 – Bem aventurados os aflitos


O capítulo V do Evangelho segundo o Espiritismo nos faz entender a importância de nossas aflições na Terra.

Como mencionado quando falamos do Capitulo IV, Deus nos criou simples e ignorantes[i], a fim de que, passando por diversas encarnações, pudéssemos evoluir e chegar à perfeição moral.

E somente podemos alcançar esta perfeição passando por provas.

Na Terra, observamos situações que divergem muito entre os homens. Enquanto uns vivem na riqueza, outros na pobreza extrema; enquanto uns desfrutam de saúde, outros sofrem com graves enfermidades, e dificilmente podemos compreender que estas situações fazem parte das leis naturais, mas fazem.

A fim de tratar a todos os seus “filhos” de forma igual, Deus nos deu o livre arbítrio e em consequência, a Lei de causa e efeito, ou seja, para toda ação há uma reação.

Considerando a pluralidade das existências, temos causas que podem ser atribuídas à vida atual, decorrentes de nossos abusos e excessos, não havendo uma só falta ou um só mau pensamento que não seja necessário reparar. Assim, se estamos sofrendo, devemos interrogar nossa consciência em busca de respostas, buscando reformar nossos atos o quanto antes.

Porém há outras que não podemos enxergar a causa na vida presente, como aquelas enfermidades que já vem do nascimento, ou aquelas que surgem sem que nesta vida tenhamos feito algo para adquirí-la.

Se toda causa tem um efeito e se não conseguimos enxergar a causa na vida presente, é porque ela decorre de uma vida anterior, na qual nosso plantio não observou as Leis de Deus. Sendo assim, como Deus é justo e bom, permite que passemos por provas, que nada mais são do que oportunidades de repararmos esses erros do passado e purificar nosso espírito.

E por que não lembramos o que fizemos no passado? Porque esse esquecimento do que fomos ou fizemos é essencial para cumprirmos nossas provas sem parcialidade e sem nos contaminarmos por eventuais ódios ou mágoas desse passado.

Através deste esquecimento, podemos recomeçar, agindo diferente e de uma maneira melhor. Contudo, apesar desse esquecimento, carregamos conosco um instinto do passado que nos alerta sobre o bem ou o mal de nossas condutas.

O importante é compreender que, sendo uma causa atual ou passada, somente conseguiremos evoluir através destas provas, se as suportarmos com paciência e resignação, aceitando que são remédios para o nosso espírito.


Portanto, não é o sofrimento que é necessário para sermos felizes, mas sim passarmos pelas provas daquilo que plantamos, não havendo como culpar a Deus pelo que nos acontece, mas tão somente a nós mesmos.

“Deus não quer que a gente sofra, mas sim evolua.”




[i] que desconhece a existência de algo; que não está a par de alguma coisa.

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