Capítulo 3 – Há muitas moradas na casa de meu Pai

“A casa do Pai é o Universo; as diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito, e oferecem, aos Espíritos encarnados, moradas apropriadas ao seu adiantamento.”[i]

Com esta introdução, o capítulo nos revela que há vários mundos habitados além da Terra e que eles são classificados segundo a elevação moral que possuem seus habitantes, ou seja, de acordo com o grau de adiantamento que estes adquiriram e das imperfeições que ainda possuem.

Assim, temos os mundos inferiores em que residem os espíritos recém-criados por Deus, simples e ignorantes[ii], e que ainda não possuem noção do justo e do injusto. Suas conquistas são baseadas exclusivamente pela adoção da violência.

Já nos mundos de expiação e de provas, no qual se encontra a Terra, há predominância da inteligência em seus habitantes, porém os vícios ainda são frequentes, de modo que o mal domina. As dificuldades da vida surgem a cada dia para que os seres possam por ela passar, melhorando sua condição moral.

Alcançando certo grau de elevação moral, os espíritos renascem em mundos regeneradores, que servem de transição entre os de expiação e os mundos felizes. Neles o orgulho, a vaidade, a inveja, o ódio, entre outros, não predomina, porém o espírito ainda está sujeito a provas que se bem suportadas, o conduzirão aos mundos felizes.

Nestes mundos, o bem supera o mal. Não há mais necessidades de provações físicas e as relações entre os habitantes jamais são perturbadas por qualquer sentimento inferior. “O homem não procura se elevar acima do homem, mas acima de si mesmo, aperfeiçoando-se.”[iii]

E completado o círculo de aperfeiçoamento, os espíritos se tornam evoluidos, seguindo para os mundos celestes.

Compreendemos, portanto, que o espírito não está eternamente ligado a um só mundo, dependendo somente de si avançar na marcha do progresso espiritual.

[i] O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capitulo III

[ii] Aquele que desconhece ou ignora algo_michaelis on-line

[iii] O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capitulo III