JAN HUSS (JOÃO HUSS)
Nasceu no ano de 1369 em Hussinecz, Boêmia, atual República Tcheca. Filho de camponeses começou a trabalhar desde muito pequeno, prestando serviços à igreja.
Se formou em Teologia no ano de 1394 e, depois de dois anos, em Artes e Filosofia pela Universidade de Praga. Em 1400 se ordenou sacerdote, passando a ocupar o cargo de reitor da Universidade, momento em que teve a oportunidade de conhecer as ideias reformadoras que já se iniciavam nessa época.
No ano de 1402 se tornou pregador da igreja de Belém e não aceitando a autoridade do clero e dos papas, começou uma luta contra a política e a corrupção que existia dentro das igrejas.
Pregava que a maior autoridade pertencia ao Cristo e que o Evangelho seria a única lei a ser seguida. Assim, abriu caminho para que um número maior de pessoas pudessem ser alfabetizadas e com isso ter acesso à bíblia, que antes era restrita aos padres.
Outra prática combatida por Huss foi a riqueza ostentada pela igreja. Segundo ele, a exemplo do Cristo, a igreja deveria se preocupar mais com as questões da fé do que com os bens materiais.
Esse posicionamento gerou grande confusão com os papas que não concordaram com seus ideais e o excomungaram das igrejas, sendo obrigado a deixar Praga.
Nesse período de afastamento Jan Huss escreveu o livro De Ecclesia.
Após algum tempo foi convocado para comparecer ao Concílio de Constança onde os presentes na reunião pediram para que ele renunciasse às suas ideias e opiniões. Huss não aceitou e acabou sendo preso e condenado à pena de morte por heresia.
Jan Huss foi queimado na fogueira no dia 06 de julho de 1415, em Constança.
Durante sua vida sempre defendeu que a religião não deve punir ou julgar quem é devedor ou não, mas sim deve libertar através das leis de Deus e dos ensinamentos de Jesus.
Allan Kardec tinha um grande carinho por Huss, pela sua luta contra a hipocrisia diante da religião e sempre dizia que ele tinha sido um “filósofo do espiritismo”.
Hoje sabemos que Jan Huss foi uma das reencarnações de Allan Kardec, que mais tarde retornaria como Francisco Cândido Xavier.
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