Capítulo 17 – Sede perfeitos

Jesus nos recomendou que fôssemos perfeitos como Deus é perfeito.
Mas sabendo que Deus possui a perfeição absoluta e que não podemos a ele nos igualar, o que devemos entender por perfeição?
De acordo com O Evangelho Segundo o Espiritismo são características da perfeição a benevolência, a indulgência, a abnegação e o devotamento.
Ser benevolente significa demonstrar afeto e estima por alguém. Isto é muito fácil quando falamos de pessoas que são próximas de nós como um parente ou um amigo. Ocorre que essa prática deve ser estendida também a todos aqueles que cruzam o nosso caminho, à nossa família universal.
A indulgência significa perdoar, ter compaixão por aqueles que nos agridem e nos caluniam. Talvez seja uma das práticas mais difíceis, porém, devemos lembrar que se estamos diante de um inimigo, ele é providencial, ou seja, foi colocado em nosso caminho para que através dele possamos testar nossas virtudes.
Já a abnegação e o devotamente têm o sentido de servir ao próximo. Abdicar de si em favor de alguém, sem desejar recompensa ou reconhecimento, ou seja, sem interesse próprio. É ir além da obrigação que temos de amparar e fazer tudo o que estiver ao nosso alcance.
Olhando essas definições pode parecer difícil nos tornarmos homens de bem, mas tudo está no hábito. Assim, se a cada dia procurarmos rever nossas atitudes e fazer o melhor de nós mesmos, vamos acabar nos tonando esse homem perfeito que Jesus recomendou.
Podemos concluir que a perfeição que devemos buscar é a perfeição moral, resumida em amar ao próximo e praticar a verdadeira caridade.
“...para servir na edificação do Reino de Deus é preciso ajudar aos outros, sempre mais, e realizar, cada dia, algo mais do que seja justo fazer.”[i]
[i] Do livro Pai Nosso, escrito por Francisco Cândido Xavier e ditado pelo espírito Meimei – Capítulo 13 – Algo Mais
caridade reforma moral